terça-feira, 20 de dezembro de 2011

faz bem assistir:

- The Union: The Business Behind Getting High
Leve, irreverente e filosófico. Este premiadíssimo filme acabará de vez com o seu preconceito em relação a um dos mais velhos mitos criados no ocidente.
assista na íntegra:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=FH8NGzPaD-Y

- Cortina de Fumaça
Um documentário ousado sobre um tema polêmico que interessa a todos e que precisa ser debatido de forma honesta; a política de drogas no Brasil e no mundo, baseada na proibição de determinadas práticas relacionadas a algumas substâncias, precisa ser repensada porque muitas de suas conseqüências diretas, como a violência e a corrupção por exemplo, atingiram níveis inaceitáveis.

- Quebrando o Tabu
O filme discute políticas alternativas do Estado diante do fracasso atual da chamada guerra às drogas. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é o âncora do filme que demorou dois anos para ser feito. O tucano sai a campo para ouvir políticos militares, policiais médicos e especialistas de diversos locais do mundo. O diretor procura outros modelos de atuação de Estados nesse assunto e visita EUA, Colômbia, França e Holanda entre outros países.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Descriminalização ou Legalização?

O debate sobre uma nova política de drogas ainda possui divergências, até mesmo dentro do grupo em prol da cannabis, há a discussão entre descriminalizar ou legalizar, qual seria mais condizente com a nossa realidade?
Antes de debater, vamos separar 'descriminalização' de 'legalização':
Descriminalizar, é retirar o carácter criminoso, o fato em questão deixa de ser crime.
Existem três tipos de descriminalização:
(1) descriminalização formal, onde é retirado o carácter criminoso do ato, mas ele continua no âmbito do Direito penal;
(2) descriminalização penal, que transforma um crime em uma infração administrativa;
(3) descriminalização substancial/total, que retira totalmente carácter criminoso do ato e o torna legal.

Já na legalização, o ato é descriminalizado e deixa de ser ilícito, ou seja, não admite qualquer tipo de sanção civil, administrativa ou penal. Isso implica todo um controle do governo, como com o álcool. Deve-se determinar um local para seu cultivo, uma faixa etária para o seu consumo, controle de qualidade, pontos de vendas com supervisão, impostos seriam cobrados e convertidos em saúde, educação e segurança.
Devemos lembrar que além do fumo, o cânhamo tem inúmeras outras utilidades, que são desperdiçadas por ignorantes que não querem dar o braço a torcer e voltar atrás na decisão tomada nos anos 30.
Muitos dizem que após a legalização haveria um surto e o número de usuários iria subir descontroladamente, então eu lhe pergunto.. será que essas pessoas que passariam a fumar depois da legalização, não fumam porque não tem acesso à droga ou são oprimidos pela sociedade preconceituosa?
Para menores de idade é mais fácil comprar maconha de um traficante, do que cerveja em um supermercado.
"se você quer comprar, é mais fácil que pão.. hoje em dia ele é vendido pelos mesmos bandidos que mataram o velho índio na prisão", já dizia Gabriel O Pensador em Cachimbo da Paz.

Acredita-se que a descriminalização seja o primeiro passo para a legalização, mas antes de qualquer coisa desse tipo acontecer, é necessário informar e educar a população, só assim os caretas abrirão a mente e verão os verdadeiros benefícios do cânhamo, deixando de lado o preconceito enraizado em nossa sociedade.

"Porta de entrada"


"Porta de entrada para outras drogas."
Certamente você já ouviu algo a respeito.
A maconha vêm sendo discriminada por uma população alcoólatra e tabagista, que afirmam ser a maconha a porta de entrada para outras drogas. Já está provado que uma substância é bem diferente da outra, influenciando de maneira bem diferente as percepções e os sentidos do usuário. Mas por ser das drogas ilícitas a mais consumida, é de forma errônea nomeada de "porta de entrada", mas se esquece que antes de fumar um baseado, muita gente já é expert no consumo de álcool e/ou tabaco, que são drogas com enormes índices de mortalidade anualmente, diferente da maconha que não possuí nem mesmo 1 atestado de óbito, causado pelo seu consumo. Por ser proibida e obrigar o usuário a se relacionar com traficantes que portam outras drogas, pode ser que esse fato influencie o usuário, mas não existe na maconha substância crie a necessidade, ou o interesse por outras drogas.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Assassina de neurônios


Lamentavelmente essa é calúnia foi baseada em experimentos feitos em laboratório com macacos, onde os animais inalavam durante 5 minutos diários a fumava gerada pela combustão da planta. Durante esses 5 minutos os macacos não tinham acesso a oxigênio, ou seja, 5 minutos sendo asfixiados. Depois de algumas sessões, perceberam a diminuição de atividade cerebral causada pela morte de neurônios, que morreram não pelo THC ou pela fumaça em si, mas sim, pela falta de oxigênio. Pouco se diz, mas algumas das sinapses de nosso cérebro acontecem por meio de endocanabinoides. Os endocanabinoides são neurotransmissores não convencionais, pois não são armazenados em vesículas, mas produzidos “sob encomenda”. Ou seja: quando os neurônios do sistema nervoso central são ativados, sintetizam “maconha endógena” para modular as suas próprias sinapses.

- História da Proibição -

Em 1919 com a proibição do álcool nos EUA, o que também não acabou com o consumo do mesmo, o que diga-se de passagem, só aumentou seu preço e diminuiu sua qualidade, houve um 'boom' da maconha, e o surgimento de 'coffe shops' que a vendiam. Após a crise de 1929 o desemprego estava em alta, então como forma de se livrar dos imigrantes que disputavam vagas de emprego com os cidadãos americanos e faziam uso da erva, o governo americano proíbe a maconha. No governo americano, quem tomava a frente da batalha contra o cânhamo era Henry Anslinger, que inicialmente reprimia o tráfico de rum que vinha das Bahamas, mas ao ver a antipatia do povo pela maconha usou disso para crescer na política, Anslinger usou o proibicionismo como sua bandeira e fez de tudo para convencer as pessoas de que a maconha era má, grandes mentiras foram disseminadas e verdades distorcidas. Com a falta de emprego o aumento da criminalidade foi inevitável, mas a maconha foi culpada e taxada como uma droga perigosa que descaracterizava o usuário e o fazia perder sua personalidade, tornando-se uma pessoa agressiva e descontrolada. De uma hora para outra Anslinger se tornou responsável pela política de drogas do país. Além da sede pelo poder, Anslinger tinha outros motivos para ser contra a cannabis, era casado com a sobrinha do dono da gigante petrolífera Gulf Oil e um dos principais sócios da Du Pont, nos anos 20 a empresa estava desenvolvendo inúmeros produtos a partir do petróleo: aditivos para combustíveis, plásticos, fibras sintéticas como o náilon e processos químicos para a fabricação de papel feito de madeira, esses produtos tinham uma coisa em comum.. disputavam a produção com o cânhamo.
Outro grande aliado de Anslinger e incentivador do proibicionismo foi Hearst, dono de uma imensa rede de jornais(inspiração de Orson Welles para o filme Cidadão Kane) tinha grande influência nos EUA, possuía terras onde plantava eucalipto e outras árvores usadas na produção de papel e odiava os mexicanos, ou seja, motivos de sobra para querer a proibição da maconha. Hearst usava seu jornal para espalhar as mentiras inventadas pelo grupo que apoiava o proibicionismo e certamente, sem a sua ajuda teria sido difícil Henry Anslinger obter sucesso. Então, em 1937 os deputados votaram pela proibição do cultivo, da venda e do uso da cannabis, sem levar em conta as pesquisas que afirmavam que a substância era segura. Proibiu-se não apenas a droga, mas a planta. O homem simplesmente cassou o direito da espécie Cannabis Sativa de existir. Anslinger também atuou internacionalmente, criou uma rede de espiões e passou a freqüentar as reuniões da Liga das Nações, antecessora da ONU, propondo tratados cada vez mais absurdos e usando os mesmos argumentos lamentáveis que funcionaram para os americanos.
A proibição foi virando uma forma de controle internacional por parte dos Estados Unidos, especialmente depois de 1961, quando uma convenção da ONU determinou que as drogas são ruins para a saúde e o bem estar da humanidade, portanto, eram necessárias ações coordenadas e universais para reprimir seu uso. Isso abriu espaço para intervenções militares americanas, virou um belo pretexto para entrar em outros países e exercer seus interesses econômicos e políticos. Depois de 32 anos a frente da FBN(Federal Bureau of Narcotics), Anslinger foi demitido por John Kennedy, por ter ignorado os estudos onde comprovavam que a maconha é inofensível e ter mentido sobre seus resultados. Então, Richard Nixon assume a presidência e deixa ainda mais severa a lei e declara "guerra às drogas", e criou o DEA(Drug Enforcement Administration) para isso, um órgão ainda mais poderoso que o FBN, porque, além de definir políticas, tem poder de polícia. E assim a maconha segue proibida, mesmo com inúmeros estudos que mostram como é menos perigosa do que drogas legais e como seus benefícios e utilidades superam qualquer outra planta..

Mil e uma utilidades


Há décadas a cannabis vêm sendo alvo de acusações e sua verdadeira história tem sido deturpada por fatores raciais, econômicos, políticos e morais. A Cannabis foi fundamental para o nosso desenvolvimento séculos atrás, por ser uma planta de fácil cultivo e inúmeras utilidades:

- a fibra extraída do caule da planta era usada em vestimentas, na fabricação de cordas e velas para os barcos, os barcos de Portugal que chegaram ao Brasil há 500 anos atrás, tinham suas velas e cordas feitas do cânhamo. Papel, a maioria dos documentos da época eram feitos de cânhamo, como a constituição americana, um hectare de cânhamo produz a mesma quantidade de papel, que quatro hectares de eucaliptos, num período de vinte anos.

- a semente servia de alimento tanto para os animas quanto para os homens, estudos posteriores mostraram o alto nível de omega 3 e 6, ácidos graxos essenciais para nós.

- o óleo extraído da semente é muito usado na indústrias de cosméticos como base para cremes, xampus, óleos hidratantes, etc.. e na indústria mecânica para vernizes, lubrificantes, combustíveis, tintas e outros. O óleo de cânhamo também era o principal combustível da época, hoje poderia ser uma alternativa para o biocombustível.

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Blog novo.. logo logo repleto de tudo que diz respeito a ganjah!